sexta-feira, 19 de junho de 2015

NA CPI, EM 2001



Adversários de Eurico Miranda deixam de depor

Dois ex-presidentes do Vasco não compareceram na CPI do Futebol

ARQUIVO
Eurico Miranda recebe críticas na CPI de ex-presidente do Vasco
SOLANO NASCIMENTO 
Da Agência Folha – Brasília, DF

Dois de três adversários do presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), que iriam depor ontem na CPI do Futebol desistiram e não estiveram no Senado.

O ex-conselheiro do clube Ivon Bernardo Morgado enviou à comissão um atestado médico para justificar sua ausência. João Manoel de Almeida, sócio do clube, mandou uma justificativa à comissão avisando que não poderia comparecer. De acordo com a CPI, ele alegou estar com problemas de saúde.

Com as desistências, só restou o depoimento do ex-presidente do clube Agathyrno da Silva Gomes, que começou no final da tarde de ontem.

Integrantes da CPI suspeitam que as desistências possam estar ligadas a pressões feitas por Eurico Miranda e seus aliados, mas não há provas disso.

Os dois haviam se oferecido para falar aos deputados da comissão sobre denúncias contra Eurico Miranda.

Na carta enviada à CPI, Morgado voltou a fazer críticas a Eurico Miranda e disse que se dispõe a depor em outra data. Os senadores não descartaram a possibilidade de Almeida ser chamado novamente.

Agenda

Amanhã deverá depor na CPI o ex-conselheiro Levi Lafetá, que foi procurador do jogador Bebeto. Ele deverá apresentar denúncias contra Eurico Miranda envolvendo supostas irregularidades na venda do jogador para o La Coruña. Também presta depoimento Hércules Santana, ex-conselheiro do Vasco.

Eurico Miranda é suspeito de enriquecimento ilícito e de irregularidades no recebimento de um cheque de US$ 110 mil, supostamente descontado sem registro da operação cambial nem do ingresso dos recursos na contabilidade do Vasco.

Ontem, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, requisitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito criminal contra o deputado por indícios de prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro.

As primeiras providências recomendadas, após a instauração do inquérito, são o indiciamento do deputado e a quebra do sigilo bancário dele e de sua mulher, Sylvia Brandão de Oliveira Miranda, a partir de 1995.












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